Ex-Cônsul Britânico vai liderar projeto no mercado de carbono da Verde Agritech

A Verde Agritech, empresa de tecnologia agrícola brasileira com a maior capacidade de produção de fertilizantes potássicos do Brasil, anunciou a chegada de Lucas Brown, ex-Cônsul Britânico em Minas Gerais, para ocupar o cargo de vice-presidente. O executivo irá liderar a expansão da companhia no mercado de carbono, além de supervisionar as áreas de relações institucionais e com investidores. Recentemente, um estudo independente realizado pela Newcastle University, revelou que cada tonelada do K Forte pode capturar até 120 quilos de CO2, principal gás causador do efeito estufa. 

Nascido no Reino Unido, Brown tem mais de uma década de trabalho no Brasil. É formado pela Universidade de Liverpool, na Inglaterra, e possui MBA em Logística Empresarial pela Universidade Estadual de Pernambuco.  

Nos últimos quatro anos, o executivo atuou como Cônsul Britânico em Minas Gerais, função responsável pela diplomacia e pelo comércio bilateral. Entre as principais ações que realizou, segundo comunicado ao Mercado, destaca-se a liderança da estratégia climática do governo britânico em Minas Gerais, quando o Reino Unido assumiu a presidência da COP26. 

No último cargo que ocupou, Brown também liderou uma cooperação entre o Reino Unido e o governo de Minas Gerais, que se tornou o primeiro Estado da América Latina a formalizar um compromisso com a descarbonização e a aderir à campanha da ONU “Race to Zero”  iniciativa global que busca reunir uma comunidade de representantes, de diversas áreas da sociedade, com o objetivo de zerar a emissão de carbono.  

Estou entusiasmado por me juntar à Verde Agritech, uma empresa que tenho acompanhado há vários anos e cujos valores ESG estão alinhados com os meus. Recentemente, concluí um intenso ciclo de quatro anos trabalhando na agenda climática com governos, setor privado e terceiro setor no Brasil e reconheço o compromisso e as oportunidades que o país tem para ser um líder global na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Vejo a Verde Agritech como uma empresa disruptiva, com seu propósito profundamente enraizado na sustentabilidade”, celebra o novo vice-presidente da companhia. “Para atingirmos os nossos objetivos de net-zero, teremos de acelerar exponencialmente a implementação de novas tecnologias de baixo carbono e metodologias de captura de carbono. O convite para me juntar à Verde Agritech, para liderar este projeto inovador de descarbonização, era impossível de se recusar”, complementa.  

O fundador e CEO da Verde Agritech, Cristiano Veloso, celebrou a chegada do novo executivo e reforça que a trajetória dele na diplomacia e na gestão do clima, está perfeitamente posicionada para elevar as iniciativas de captura de carbono da empresa.  

“A Verde Agritech continua inovando no domínio das soluções sustentáveis, Brown ampliará o nosso compromisso com a descarbonização e a obtenção de certificação internacional para créditos de carbono. Entraremos numa nova era com um impacto global mais amplo, e Lucas é o líder que procuramos para nos guiar até lá”, afirmou Veloso. 

Estudo internacional confirma potencial de captura de CO2  

Um estudo independente realizado na Newcastle University (UK), publicado no último mês de julho, confirmou que cada tonelada do fertilizante multinutriente potássico K Forte, produzido pela Verde Agritech, pode capturar até 120 kg de dióxido de carbono (CO2), o principal gás causador do efeito estufa. A conclusão é do professor David Manning, PhD, especialista em solos e uma das principais especialistas em Enhanced Rock Weathering (ERW – Intemperismo de Rocha Aprimorado) da Europa.  

Em 2022, a Verde Agritech se tornou a maior produtora de potássio do Brasil, com capacidade para produzir anualmente 3 milhões de toneladas de produto. Desta forma, tem um potencial instalado para capturar até 360 mil toneladas de CO2 por ano através do ERW, ao mesmo tempo que fornece potássio ao solo, um nutriente essencial para a agricultura.  

Considerando o projeto de longo prazo a companhia tem potencial para se tornar um dos maiores players de captura de carbono do mundo. A empresa já anunciou, também em julho, que negocia a venda dos créditos de carbono. 

Aliado para cumprimento de metas de Acordos de Paris  

Um novo estudo internacional mostra que o fertilizante K Forte inicia a captura de dióxido de carbono da atmosfera meses após a aplicação nas lavouras e, no máximo, um ano. A pesquisa foi realizada a pedido da Verde Agritech.  

A conclusão de agora foi feita pelo Doutor Phil Renforth, titular da Heriot-Watt University, de Edimburgo, no Reino Unido, e especialista em intemperismo aprimorado, que é a aceleração de alterações físicas e químicas de rochas, e co-editor-chefe da Frontiers in Climate: Negative Emission Technologies, a primeira publicação mundial dedicada ao assunto.    

“Para cumprir os seus objetivos climáticos de Paris, os governos precisam aumentar os métodos para reduzir as emissões de gases com efeito estufa e desenvolver métodos que eliminem o dióxido de carbono atmosférico. Uma ferramenta escalável e de custo relativamente baixo neste processo. A Verde Agritech supera dois dos principais obstáculos para o ERW em escala: primeiro, a produção consistente de material de moagem fina e, segundo a utilização de um mineral que pode dissolver-se rapidamente”, afirma Renforth, no comunicado enviado ao Mercado no início de setembro.     

ANTT autoriza construção de ramal ferroviário em Minas Gerais   

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério da Infraestrutura autorizaram a Verde Agritech a construir um ramal ferroviário no interior de Minas Gerais. A autorização foi assinada pelo diretor geral da ANTT, Rafael Vitale Rodrigues, e publicada no Diário Oficial da União no mês passado.  

A linha férrea será usada para escoar até 50 milhões de toneladas por ano dos fertilizantes potássicos K Forte e BAKS. O projeto prevê um traçado entre as instalações da empresa, em São Gotardo e Matutina, até a cidade de Ibiá, no Triângulo Mineiro. Segundo a empresa, o ramal ficará interligado a uma rede ferroviária que conecta sete estados e o Distrito Federal, que tem parte administrada pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA). 

Mais informações:   
https://verde.ag/ 

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